Talvez você encontrou esse blog porque lhe foi despertado o interesse pela carreira diplomática. Muito se sonha e se fala sobre a carreira, mas afinal, o que um diplomata faz? É essa a carreira que devo seguir? Será que irei gostar?
A carreira é sempre uma dúvida...
Quanto a seguir a carreira, você só vai saber se realmente quer quando estiver lá. Apesar disso, acredito que pessoas iguais a mim, que, mesmo sem ter qualquer contato com diplomatas, e que sequer conhece um, sentem uma emoção profunda quando leem algo sobre a carreira,e que alimentam esse sonho por tempos, tem isso como vocação. 
A diplomacia oportuniza trabalho em áreas variadas, de meio ambiente a direitos humanos. Permite que você conheça pessoas de todos os tipos, que podem acrescentar muito a vocês, desde com os exemplos de vida até com o profundo conhecimento acadêmico. Você, provavelmente, poderá conhecer pessoas incríveis. Culturas e fatos incríveis. Poderá, talvez, mudar um pouco o mundo ou o seu país. Mas tem aspectos negativos  - deslocamentos frequentes (muitas vezes, viagens em finais de semana seguidos), a burocracia, o fato de você ter que seguir uma política de governo com a qual muitas vezes não concorde,e a limitação de poder fazer o que o seu posto lhe permite (creio que, quando temos acesso a ver "o mundo" queremos resolver todos os problemas). 

Não sou uma pessoa muito indicada para falar isso; eu falo pelo que li, o pouco que sei. Espero conseguir entrar na carreira em breve, e assim, posso lhes dizer melhor sobre isso :). Por enquanto, selecionei vários depoimentos, trechos de textos que expliquem sobre a carreira diplomática - o que é um(a) diplomata, e o que se faz. Isso é um texto condensado, resumido, para fornecer informações a dúvidas básicas de maneira rápida. Se quiser saber mais, leia o material indicado ao final.

 Espero que possa ajudar. 

*Essa página foi feita recolhendo informações de diversas outras, todas com os links nas devidas perguntas.
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A diplomacia:

Viagens e conhecimento; tudo isso faz parte da diplomacia.
A origem da diplomacia está na Grécia Antiga. Já naquele tempo, o diplomata personificava a existência de uma entidade política e, portanto, a distinção entre o público e o privado. Foi a diplomacia renascentista italiana, porém, que lançou as bases da moderna atividade diplomática, com as missões diplomáticas. O Renascimento ficou marcado pela consolidação de embaixadores permanentes; pelo estabelecimento do conceito de extraterritorialidade das missões estrangeiras; pela consolidação das chancelarias estáveis; e pela formulação das garantias de imunidades diplomáticas e dos privilégios de trânsito e acesso a informações. O moderno sistema de Estados, que emergiu na Europa setecentista, foi o ambiente no qual se definiu a missão do diplomata: a defesa do interesse nacional na arena internacional. A diplomacia simboliza a consciência geral de que há uma sociedade internacional. 
Em 1815, no Congresso de Viena, criou-se um sistema de precedência diplomática, que após anos de discussões, foi regulado pelo art 16 da CVRD, no século XX


Como ingressar na carreira?

O ingresso na Carreira Diplomática se dá por meio de concurso público, realizado anualmente pelo CESPE, desde 2003. O concurso consiste em 4 fases, com provas de português, inglês, direito interno e internacional, economia, história geral (só na primeira fase) e do Brasil, política internacional, geografia, espanhol e francês (na quarta fase). É preciso ter curso superior para isso. Para saber mais sobre o concurso, leia a página "Sobre o concurso" do blog.

É possível ser diplomata através de nomeação, algo que era muito comum no passado. Porém, atualmente, o ingresso na carreira ocorre apenas por concurso, havendo (até onde eu sei) apenas um diplomata, que foi nomeado, em atividade.

Qual a remuneração de um diplomata?

Inicialmente, o diplomata recém aprovado ganha R$ 13.623,19 brutos. Conforme o MPOG, a tabela de vencimentos é essa:









O diplomata no exterior recebe alguns subsídios para auxiliá-lo com moradia. Conforme Anexo VII da Lei nº 11.890/2008:

A partir de julho/2008, os titulares dos cargos de provimento efetivo da Carreira de Diplomata, que integra o Serviço Exterior Brasileiro nos termos do art. 2º da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, passam a ser remunerados exclusivamente por subsídio, fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória. 
[...]
O subsídio dos integrantes da Carreira de que trata o art. 25 da Lei nº 11.890/2008 não exclui o direito à percepção, nos termos da legislação e regulamentação específica, de: gratificação natalina; adicional de férias; abono de permanência de que tratam o § 19 do art. 40 da Constituição Federal, o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003; retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; e parcelas indenizatórias previstas em lei. 

Como funciona a carreira?

Nos 2 primeiros anos de carreira, o diplomata brasileiro cursa o Programa de Formação e Aperfeiçoamento - Primeira Fase (PROFA-I). Nesse período, o Terceiro Secretário estagia em um departamento no Ministério das Relações Exteriores, no Brasil. Após os 2 primeiros anos de carreira, os diplomatas passam a poder ocupar postos no exterior.
A primeira lotação de um diplomata é determinada pela classificação do Terceiro Secretário no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata e no Programa de Formação e Aperfeiçoamento - Primeira Fase (PROFA-I). Os alunos que obtêm as melhores classificações têm prioridade na escolha de suas vagas.

No exterior, as cidades são chamadas de postos. Cada região é identificada pelas classes A, B, C ou a recém-criada D. As classificações variam de acordo com a importância das relações exteriores brasileiras com o país em questão e a qualidade de vida no local. Nos postos C, o tempo de serviço é contado em dobro; já nos do tipo D, em triplo.
Fora do país, um diplomata pode estar em Embaixadas, Consulados ou Vice-Consulados ou em Delegações, Missões ou Escritórios.

Na carreira de diplomata, há um plano claro de carreira:
Terceiro Secretário (estágio inicial da carreira);

Segundo-Secretário;

Primeiro-Secretário;

Conselheiro*;

Ministro de Segunda Classe;

Ministro de Primeira Classe ou Embaixador.

* O cargo de Conselheiro, aos poucos, está sendo excluído da carreira.


Atualmente, o tempo mínimo de permanência em cada classe é de três anos e os critérios necessários para que se alcance a classe seguinte são tempo de ofício emérito.
Para passar de um estágio a outro, entretanto, é exigido que o diplomata passe por programas de Formação. O primeiro é o Programa de Formação e Aperfeiçoamento – Primeira Fase (PROFA-I). 
Os cursos são oferecidos pelo Instituto Rio Branco.
(Fonte).

O que faz o diplomata?

O diplomata é o profissional que trata da diplomacia entre os países, ou seja, ele representa o seu país diante de outros governos. As funções principais de um diplomata são: bem representar o Brasil perante a comunidade de nações; colher as informações necessárias à formulação de nossa política externa; participar de reuniões internacionais e, nelas, negociar em nome do Brasil; assistir as missões no exterior de setores do governo e da sociedade; proteger seus compatriotas; e promover a cultura e os valores de nosso povo. diplomata é responsável por acompanhar o rumo das discussões ou negociações internacionais e conduzir as relações exteriores de um país, Estado ou sujeito de direito internacional. 
O profissional é preparado para tratar dos mais variados temas, como por exemplo, paz, segurança, normas de comércio e relações econômicas e financeiras, direitos humanos, meio ambiente, tráfico de rogas, fluxos migratórios, estabelecimento de relações amigáveis entre Estados e de cooperação entre os parceiros externos, entre outros. 
É ele quem busca solucionar os conflitos envolvendo os interesses brasileiros, negocia acordos que tragam benefícios ao nosso país e promove nossa cultura no exterior. Ele é o condutor de nossa política externa, em qualquer tema discutido: comércio exterior, proteção de direitos humanos, discussões sobre meio ambiente e tecnologia, etc.

Como é o Instituto Rio Branco?

Quando você ingressa na carreira, inicia o Programa de Formação e Aperfeiçoamento de Diplomatas (PROFA-I). Os estudos no Rio Branco duram cerca de dois anos, havendo um período de estágio na instituição.

Há aulas obrigatórias de inglês, francês e espanhol, sendo oferecidos outros idiomas. Atualmente, o Rio Branco exige que os alunos aprendam ou chinês, ou árabe ou russo.Também há aulas de Linguagem Diplomática, Direito Internacional, Histórias das Relações Exteriores do Brasil, Política Externa Brasileira, Economia Internacional, Teoria das Relações Internacionais e Leituras Brasileiras.
Além dessas disciplinas regulares, o Instituto Rio Branco costuma oferecer outras disciplinas, ligadas ou não à atividade do mestrado, segundo seus objetivos, afora os eventos como seminários e palestras.

O período na realização do PROFA-I é parte do estágio probatório (duração de 3 anos), em que há muita flexibilização para demitir o funcionário (mas isso é difícil de ocorrer). Uma pessoa, teoricamente, pode ser reprovada no Rio Branco, mas é difícil isso ocorrer. O aluno que não se sair bem em uma disciplina pode fazer uma recuperação.

Para ser promovido, o diplomata deve realizar novos cursos. O Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas (CAD), obrigatório para promoção ao cargo de Primeiro Secretário; e outra para o Curso de Altos Estudos (CAE), obrigatório para promoção ao cargo de Ministro de Segunda Classe.

Há dois meses de recesso, janeiro e julho. No final de dezembro (23 em diante) também não costuma haver aulas. 
(Fonte: FAC do Candidato à diplomata, disponível, na íntegra, no blog).

Como é o dia-a-dia do diplomata?


Conforme Paulo Roberto de Almeida:
"Na Secretaria de Estado, somos perfeitos burocratas, processando informações, geralmente em formato eletrônico – como tudo o mais na vida, nestes tempos de informatização generalizada – mas também em suporte papel, muito papel. Ainda existe um bocado de formulários e memorandos nas burocracias governamentais, mais do que o necessário. Um diplomata padrão cuida de alguns assuntos, sobre os quais possui, ou pelo menos deveria ter, domínio completo e competência reconhecida. Ele recebe um insumo qualquer – digamos um telegrama, hoje um simples e-mail, de uma embaixada, ou uma demanda de algum outro serviço – e imediatamente transforma esse tema em algum tipo de “instrução”, para a própria Secretaria de Estado, para outros órgãos do Estado ou para a missão no exterior que primeiro suscitou o problema. Essa resposta pode sair imediatamente ou requerer consultas a outras instâncias da Casa – divisões políticas, isto é, geográficas, ou econômicas, jurídicas, administrativas, etc. – ou de fora, algum órgão técnico do governo, por exemplo, ou até mesmo a entidades da chamada “sociedade civil”. Se o assunto é sério o suficiente para requerer uma decisão superior, ele é levado sucessivamente a escalões mais elevados, eventualmente até ao próprio presidente da República, que assume responsabilidade por todas as decisões maiores da política externa oficial, da qual o chanceler (ou ministro de Estado das relações exteriores) é o executor. "

Complementando, a Diplomata Tatiana Bustamante afirma que "Em Brasília ou no exterior, a rotina é a de trabalhar em horário integral, com intervalo para almoço, passar os olhos nas manchetes da imprensa nacional e internacional. ler as comunicações internas da área sob sua competência e tomar as providências necessárias sobre os temas, seja de interlocução com agentes externos (de fora da Embaixada ou do Itamaraty, como de outros Ministérios, ONGs, imprensa, governo do país onde está servindo, empresários locais, cidadãos brasileiros e estrangeiros, diplomatas estrangeiros) ou com colegas na capital ou nas Embaixadas."
(Fonte  e Fonte 2)

Quais são as dificuldades da carreira?

As dificuldades mais citadas são: a necessidade do estudo contínuo, do conhecimento de diversas matérias, de viver fora do país - o que nos tira da comodidade, distancia da família, faz com que você tenha que aprender novos idiomas, hábitos - , viajar bastante, mudar constantemente. Além disso, pode ser mais difícil para quem tem um cônjuge, pois, dependendo da área de formação, é difícil achar emprego. Além disso, os filhos precisam se adaptar a essa rotina de mudanças. É enriquecedor, mas também há perdas (como tudo na vida). 

Em relação ao trabalho do cônjuge, o diplomata explica no blog " Jovens Diplomatas" (em Brisas de Bissau (26)) que:

"o cônjuge de uma diplomata pode ter diversas atividades. Temos acordos com diversos países para que dependentes possam trabalhar, mas depende muito do país e da profissão. Para Postos na África, por exemplo, há muito trabalho para médicos, como no Médicos Sem Fronteiras; em outros, há chance de trabalho acadêmico, e assim por diante."

É uma ponderação, que se faz como tudo na vida. Mas, para quem realmente quer isso, quem não tem muito apego e adora conhecer coisas diferentes, além de ter uma bela profissão, boa formação, oportunidades e trabalhar pelo país, acho que os fatores positivos transcendem imensamente os negativos. Como já escrevi em um post aqui, eu entendo bem o que é gostar de uma vida tranquila, pois vivi no interior sempre. É algo que me encanta muito. Cabe a você saber o que quer. Eu penso que, se você tem uma grande paixão pela diplomacia, mas ainda tem o "quê" de dúvida, tente. É melhor viver sabendo que conseguiu e trocou, do que passar imaginando como seria. Você pode mudar de profissão, e certamente terá emprego. Pode ser que essa é a carreira da sua vida, não deixe isso escapar.
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Para quem quer procurar se informar mais, acesse os links:


- Jovens Diplomatas: blog de diplomatas de primeira viagem, apaixonados, relatando suas experiências pelo mundo. Inspirador. Leio sempre.


Diplomatizzando: um dos diplomatas mais conhecidos da internet (se não o mais), Paulo Roberto de Almeida responde, no post linkado, sobre como é a vida de um diplomata. No blog há outras postagens, com dicas para o concurso, reflexões da carreira, e opiniões pessoais do autor.


- FAC do Candidato à Diplomata:  feita pelo diplomata Renato Domith Godinho, mostrando que a Diplomacia, o Rio Branco e os diplomatas são pessoas normais. Muito boa para quem quer saber sobre a carreira. O link direto não está funcionando, então, retirei do Blog do Luds (link no nome).

- "Meus Estudos para o CACD" - um "livro" do diplomata Bruno Pereira Rezende, é o novo xodó dos candidatos. Muito bom, além de conter informações muito detalhadas da carreira (para quem quer saber mais, recomendo ler a primeira parte), mostra que é possível passar no concurso.

- Revista do curso Sapientia: cada edição traz uma entrevista com um diplomata de carreira, geralmente pessoas que ingressaram há pouco no Itamaraty. Sempre leio.

Além disso, recomendo os links sobre o assunto do Curso Clio, O Diplomata, Revista AtrevidaR7Explicatudo e Brasil Profissões.

2 comentários:

  1. Olá, encontrei o seu blog por acaso, mas aproveito o ensejo para tirar uma dúvida: há idade máxima para iniciar na carreira? Posso prestar concurso com Graduação Superior em Curso Tecnólogo (que hoje se equivale a uma graduação tradicional)?
    Li em outro blog (Diplomatizzando) que um limite de idade seria 35 anos, pois depois dessa idade, a carreira ficaria estagnada ao cargo de Terceiro Secretário. Obrigado pelas informações.

    ResponderExcluir
  2. Olá Wótila, tudo bem? Obrigada pelo comentário! Quanto a idade, não existe idade máxima para a carreira de diplomata. O escritor do Diplomatizzando é diplomata de carreira, sabe muito melhor que nós, blogueiros, sobre como funciona, mas creio que sequer possa haver impeditivos quando o funcionário cumpre com os requisitos necessários para a promoção. Ademais, cada vez mais as pessoas entram com maior idade na carreira de diplomata, e há muitos que começam depois dos 35 ou 40 anos. O que pode limitar chegar ao cargo de Min. de Primeira Classe é a idade da aposentadoria compulsória (70 anos). Creio que vale ler o Regulamento sobre as promoções na carreira:
    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6559.htm
    Quanto ao curso tecnólogo, se é superior, não há qualquer problema, porque é reconhecido como curso superior pelo MEC. Conforme o site do Itamaraty: O Curso Superior de Tecnologia é uma graduação especializada em áreas científicas ou tecnológicas, e confere, ao graduado, competência para atuar em áreas profissionais específicas.


    Ademais: O posicionamento do CNJ segue orientação do Ministério da Educação, conforme trecho extraído do Portal do MEC:

    “O contratante tem autonomia para decidir a qualificação do servidor que busca. Contudo, caso a exigência seja de nível superior e/ou graduação, o formado em cursos tecnólogos está apto a prestar o concurso. Ressalte-se a exceção em caso de solicitação específica da formação em licenciatura e/ou bacharelado. Portanto, o fator determinante é o teor do edital de cada concurso no qual estarão discriminados os títulos exigidos.”
    http://www.cnj.jus.br/cidadao/concurso-do-cnj/duvidas-frequentes/25002-os-diplomas-de-tecnologo-atendem-ao-requisito-de-nivel-superior

    Mais uma informação: Segundo a Lei 11.741/08, no artigo 39 diz que “a educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.”

    Complementando, no §2º, III do artigo acima diz que:

    § 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes cursos: III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação.

    Dessa forma, os curso superiores de tecnologia valem como graduação, desde que seja reconhecido pelo MEC como curso superior e não apenas como tecnólogo.
    (http://www.okconcursos.com.br/concurseiros/perguntas-de-concurso/689-tecnologo-pode-prestar-concurso-para-nivel-superior#.UzgwZYi5fmQ)

    Abraços e sucesso!

    ResponderExcluir

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